Paternidade Espiritual
“18 Jesus, aproximando-se,
falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra.
19 Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em
nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; 20 ensinando-os a guardar
todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias
até à consumação do século.” Mateus 28:18-20
1 - O que é a Paternidade Espiritual?
Paternidade Espiritual é um
princípio divino, que tem sido esquecido, mas Deus está novamente chamando a
atenção da Sua Igreja para a importância deste princípio. A Bíblia nos mostra
que sempre a bênçãos passaram de pai para filho. No Reino de Deus as coisas
também funcionam assim: De Pai para filho. Nosso pai nos presta credibilidade,
prova nossa linhagem, nossos direitos hereditários, mas sua paternidade nos
passa características.
2 - O que nos impede de sermos Pais Espirituais?
A falta de relacionamento
(intimidade) com Deus. O que gera filhos entre homens e mulheres é justamente o
relacionamento (intimidade) que eles têm.
3 - Qual a importância da Paternidade
Espiritual?
A paternidade por si só já é algo
de sumo importância. Os problemas que enfrentamos hoje na sociedade com
gravidez na adolescência, drogas, falta de instabilidade emocional,
vícios, etc... é a grande ausência dos
pais. A ausência de Pais Espirituais tem causado grandes problemas para o Reino
de Deus. Esta ausência gera cristãos imaturos, acorrentados por vícios e
escravos do pecado. São como bebês que nascem, mas não têm ninguém para cuidar.
O profeta Malaquias fala disso quando diz: “...para converter o coração dos
pais aos filhos...(Ml 4:6)”. Existe hoje um clamor ecoando por Pais
Espirituais. A intenção de Deus é levantar Pais e Mães Espirituais para ajudar
no crescimento desses filhos, para que eles causem um impacto nas famílias, na
igreja e na sociedade. Essa restauração da harmonia entre pais e filhos, tanto
naturais como espirituais, fará que possa ser transmitida a herança para as
próximas gerações.
4 - Gerando Filhos Espirituais
“E disse Deus: tenham muitos e
muitos filhos; e se espalhem-se por toda a terra” Gn 1:28
As Sagradas Escrituras nos
relatam à história de uma mulher chamada Ana, casada com Elcana. Ela era
estéril. A lei judaica dizia que se um marido tivesse uma mulher estéril
poderia casar-se com uma segunda esposa. A sua segunda mulher lhe deu muitos
filhos, mas Ana era uma mulher frustrada por causa da sua esterilidade. Todos
os anos ela ia ao templo e pedia para que Deus lhe desse um filho. Ana, nunca
se conformou com sua esterilidade.
Da mesma forma Deus está nos
desafiando a gerarmos muitos filhos na fé, a gerarmos discípulos, filhos
espirituais. Acontece que precisamos romper com toda a esterilidade espiritual
que há em nós em nosso ministério. Vamos tomar o exemplo de Ana, que era uma mulher
estéril, mas conquistou um milagre diante de Deus e pode gerar filhos.
5 - Quais foram às atitudes de Ana?
a) Ana orou e muito sobre o
assunto
“Levantou-se Ana, e, com amargura
de alma, orou ao Senhor, e chorou abundantemente” ISm 1:10
Ana orou e chorou diante de Deus
pedindo um filho. Sem oração não conseguiremos ser pessoas frutíferas.
Jesus
ensinou os seus discípulos a fazerem o mesmo: “Quando orares, entra no teu quarto e, fechando a porta atrás
de ti, ora a teu Pai que está em secreto, e o teu Pai, te recompensará” Mt 6:6.
Com essas palavras Ele estava enfatizando a necessidade de manter comunhão
(relacionamento) pessoal e exclusiva com o Pai.
A
vida de oração é muito importante para cada líder, e requer que diariamente
tenhamos um lugar de quietude, onde possamos estar a sós com Deus, sem que nada
nos interrompa. O verdadeiro sucesso espiritual e ministerial fundamenta-se em
que cultivemos uma amizade íntima (relacionamento) e estreita com Deus através
da oração.
b) Ana não cedeu as oposições
mesmo debaixo de pressão
Quando
o sacerdote Eli a acusou de estar embriagada, Ana não abriu mão do seu
objetivo. Da mesma forma temos que perseverar em gerar filhos. Não nascemos
para sermos infrutíferos. O que o diabo mais quer é fazer-nos acreditar que somos
inúteis, que esse negócio de gerar filhos espirituais é muito difícil. Ele não
quer que sejamos ramos frutíferos. Ana
não teve só a oposição de Eli, mas muito mais de Penina que a atormentava.
Jesus nos chamou para fazermos discípulos,
darmos a luz a filhos espirituais. Levante a sua cabeça! Não se curve a
oposição contra a sua vida espiritual e ministerial. A Bíblia diz que os filhos
são Bênçãos do Senhor feliz o homem que têm muitos (Sl 127:3-5).
c) Ana tinha as motivações certas
para frutificar. (ISm 1:11)
Ana
tinha as motivações certas para frutificar. Ela não queria um filho para se
exaltar ou se glorificar, mas para oferecê-lo ao Senhor. Temos que desejar isto
também. Vidas convertidas é a maior oferta que podemos dar ao Senhor.
Jesus disse: “Nisto é glorificado
o meu Pai que deis muito fruto; e assim serão meus discípulos.” Fomos chamados
para gerar filhos na fé, ou seja, fazer discípulos. Deus está interessado na
sua reprodução, que você seja um Pai Espiritual, que gere muitos filhos e que o
nome dEle seja glorificado através de você e de seus frutos. Não existe um
alvo, um propósito mais sublime do que agradar e glorificar a Deus.
Em João 17:6 Jesus disse:
“Manifestei o teu nome aos homens que me deste do mundo.” Jesus está dizendo
que, como líder, como discipulador, não estava manifestando o próprio nome,
pois Ele sempre apontava para o Pai.
A nossa motivação de frutificação
deve ser a glória do Pai, devemos sempre apontar para Ele e saber que ele é
quem deve ser glorificado e que quando não estamos gerando filhos espirituais o
seu nome está sendo envergonhado ao invés de glorificado.